Para a fratura, existem dois mecanismos principais: a torção e a compressão axial. Na torção, por exemplo, a pessoa pode se desequilibrar ou pisar em algum buraco. Já a compressão acontece após alguma queda em que o indivíduo cai em pé.
A compressão axial é mais comum em homens dos 35 a 40 anos, e está associada a acidentes de trânsito e quedas de altura. Já a torção é mais frequente em mulheres mais velhas.
As fraturas do tornozelo diferem entre si em termos de gravidade, e dentre os principais parâmetros estão:
Fraturas expostas ou grave lesão de partes moles (pele, músculos, ligamentos, tendões etc.);
Presença de edema importante, de bolhas ou luxação (quando ocorre, a perna “desencaixa” do pé);
Lesões associadas (vascular, nervosa etc.);
Padrão da fratura (geralmente, devido ao mecanismo, as fraturas por compressão axial tendem a ser mais graves).
O tratamento pode ocorrer de duas formas: conservador ou cirúrgico. A escolha dependerá da gravidade da fratura.
O conservador é indicado em fraturas com pouco desvio, consistindo apenas no uso de imobilizações (de quatro a seis semanas) e restrições de carga. O tempo da imobilização também depende do tipo de fratura.
Já o cirúrgico é indicado para fraturas do tipo expostas, e o fixador externo é uma conduta bastante útil no tratamento inicial. Após a melhora local, o tratamento definitivo é realizado com uso de placas e parafusos. Em seguida, o paciente inicia a fisioterapia.